Transtorno do Pânico: quando a ansiedade se torna avassaladora

Descubra como reconhecer, entender e superar o Transtorno do Pânico, uma condição que vai além da ansiedade comum e pode impactar significativamente a qualidade de vida.

O que é o Transtorno do Pânico

O Transtorno do Pânico é caracterizado por ataques recorrentes de episódios súbitos de medo intenso e sintomas físicos que atingem o pico em minutos. Eles trazem sensação de medo persistente e viram uma preocupação constante com novos ataques e acabam gerando mudanças comportamentais para evitá-los. O impacto na vida pode ser sentido de diversas formas, podendo culminar numa agorafobia, restringindo atividades diárias e locais frequentados.

O que você pode sentir

Palpitações

Batimentos cardíacos acelerados e intensos.

Falta de ar

Sensação de sufocamento ou dificuldade para respirar.

Tontura

Sensação de desequilíbrio ou vertigem.

Sudorese

Transpiração excessiva, frequentemente acompanhada de tremores.

O que um
profissional vê

Causas e fatores de risco

Vulnerabilidade biológica

Hiperatividade do sistema nervoso autônomo, levando a respostas exageradas ao estresse.

Fatores cognitivos

Pensamentos catastrofizadores, interpretando sinais físicos inofensivos como perigo iminente.

Experiências traumáticas

Eventos estressantes ou traumas na infância aumentam o risco de desenvolver o transtorno.

O que podemos fazer juntos

Psicoterapias comportamentais e medicação

Compreender o pânico e suas manifestações para reduzir o medo do desconhecido.

Identificar e mudar pensamentos catastróficos sobre os ataques de pânico.

Aplicar técnicas como exposição gradual a sensações físicas semelhantes às do pânico para reduzir o medo (exposição interoceptiva).

O uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou benzodiazepínicos pode ser indicado para reduzir os sintomas, especialmente nos estágios iniciais do tratamento.

Mindfulness

Técnicas de respiração para acalmar o sistema nervoso e reduzir a ansiedade.

Prática de atenção plena para aumentar a consciência corporal e reduzir a hipervigilância.

Combinação de mindfulness com exposição gradual a sensações físicas temidas.

Dicas práticas

Reconheça

Entenda que os ataques de pânico, embora assustadores, não são perigosos.

Busque tratamento

Procure ajuda profissional para desenvolver estratégias de enfrentamento eficazes.

Desafie seus pensamentos

Aprenda a questionar e modificar pensamentos ansiosos.

Quebre o ciclo

Com suporte adequado, é possível quebrar o ciclo do medo e retomar uma vida plena.

Como aplicamos a ciência

Realizamos uma reestruturação do ciclo do pânico, sabendo que:

Ele tem um começo

Início com uma sensação física inesperada, como tontura.

Que gera um comportamento evitativo

Evitação de situações que possam provocar novas crises.

Ativa a interpretação de perigo

A partir de então, aquela sensação é interpretada como um sinal de ameaça iminente.

Aumenta as respostas fisiológicas

Desencadeamento de respostas intensas como taquicardia.

E resulta num ataque de pânico

Culminação em um ataque de pânico completo.

Conhecendo os mecanismos comportamentais, entendemos as maneiras e possibilidades de quebrar o ciclo.

Referências

American Psychiatric Association. (2022). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed., text rev.). Washington, DC: APA.

Barlow, D. H. (2023). Manual clínico dos transtornos psicológicos: Tratamento passo a passo (6ª ed.). Artmed.

Clark, D. A., & Beck, A. T. (2012). Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade. Artmed.

Leahy, R. L. (2011). Livre de ansiedade: Desvende seus medos antes que eles dominem você. Artmed.

Carvalho, M. R., Malagris, L. E. N., & Rangé, B. P. (2019). Psicoeducação em terapia cognitivo-comportamental. Sinopsys Editora